sexta-feira, 24 de julho de 2020

João Miguel Tavares

Deste Senhor saiu no Público de 21 de Julho de 2020:



Que falava da dignidade ou falta dela com que andamos na pedinchice por essa Europa fóra

Mas nessa mesma edição parecia também um tal Amilcar Correia.



E já Mariana Mortágua nesse mesmo dia, mas no JN, informava de onde (também) vinham os proventos que alimentam a frugalidade dos Holandeses

Quote
Mariana Mortágua 21 de Julho no JN
 «Um acordo europeu para medidas de urgência de resposta à crise (se existir) não é um ato de "solidariedade" e quem assim o apresenta apenas alimenta uma caricatura: transferências do grupo "frugal", liderado pela Holanda, para os "esbanjadores", que Portugal integra.

A ideia da "solidariedade" é errada, em primeiro lugar, porque a UE tem capacidade para financiar um ambicioso plano de recuperação através do BCE, sem exigir qualquer outra transferência entre países.

Em segundo lugar, porque o que os países europeus precisam é de instrumentos para lidar com a crise. A integração europeia eliminou e/ou centralizou esses poderes (como a emissão de moeda) e agora os "frugais" sequestraram-nos. Aos países que necessitem de financiamento, querem impor um programa liberal-autoritário, mesmo se essa não foi a escolha democrática dos seus povos. Uma espécie de servidão por dívida, já não à troika mas agora à Holanda (o que não parece desagradar a direita em Portugal, a julgar pela palavras de Rui Rio). Não deixa de ser irónico que o projeto europeu seja posto em xeque por governos da família socialista, mas esse sempre foi o prognóstico de quem, à esquerda, criticou a UE: uma Europa que, uma e outra vez, falha aos seus povos está condenada ao fracasso.


A ideia de um acordo europeu como ato de solidariedade é, finalmente, errada porque a "frugalidade" que tornaria os Países Baixos moralmente superiores é obtida à custa dos impostos que deveriam ser cobrados em outros países europeus. Todos os anos, o paraíso fiscal holandês cobra 10 mil milhões de impostos sobre os lucros que são desviados dos restantes países da UE. Um regime que nenhum país bloqueia, devido à livre circulação de capitais na UE, e que não é alterado porque os Países Baixos têm o poder de vetar legislação fiscal a nível europeu. Se considerarmos que a contribuição líquida dos Países Baixos para o orçamento europeu é de 4,9 mil milhões, o nosso parceiro "frugal" do centro da Europa é afinal financiado anualmente em 5 mil milhões de euros por estados como Portugal, que veem essa receita desaparecer das suas contas públicas.»
Unquote

E o que eu pergunto à fina ironia do Nosso                      João Miguel Tavares é:

- Porque raio é que não deveria o Governo Português          drobrar-se (com dignidade ou sem ela) aos holandeses???

Penso até que o faz com imensa dignidade. 

Igual em grandeza com aquela outra com que o Pingo Doce contribui para a frugalidade daquela gente!!!

tone do moleiro novo




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