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Cinfães, 10 dez (Lusa) - O presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, criticou hoje em Cinfães os “desequilíbrios do país” causados pelo “centralismo de Lisboa.
“Como é possível um país como o nosso ter mais de metade dos dinheiros comunitários entregues a uma cidade?”, questionou Noronha Nascimento na homenagem que o município de Cinfães hoje lhe prestou.
Falando na sessão solene realizada nos paços do concelho, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça lembrou as suas origens familiares em Cinfães para criticar “as disparidades” de Portugal, cujo poder central, acentuou, “sempre se preocupou em criar uma grande capital à escala das grandes cidades europeias, deixando tudo para segundo plano”.
“Com um engodo assim hipotecámos o desenvolvimento equilibrado de um país tão bonito. Com tudo isto, cedo me tornei regionalista indefetível, muito antes sequer de disso se falar”, observou.
Noronha Nascimento lembrou que vive há muitos anos em Lisboa, mas admitiu que sempre preferiu viver no norte do país, “entre o Porto operário e burguês e a Cinfães duriense”.
“As deambulações por este triângulo da vida [Cinfães, Porto e Lisboa], mostraram-me para sempre a disparidade trágica de Portugal, entre regiões ricas e regiões pobres, entre um país macrocéfalo que ainda hoje tem 53 por cento dos fundos comunitários e o resto à deriva e que tem marcado o nosso atraso permanente”, afirmou.
Em declarações à agência Lusa, Noronha Nascimento considerou ainda que os desequilíbrios do país se têm acentuado nas últimas décadas.
“Os anos 90 foram uma catástrofe para o nosso país na distribuição da riqueza, a favor do Vale do Tejo”, acentuou, defendendo a regionalização.
Noronha Nascimento nasceu no Porto, mas as suas origens familiares são de Cinfães, localidade onde frequentou a escolar primária. Hoje foi agraciado por este município com a medalha dourada, o mais galardão do concelho.
O presidente da Câmara, Pereira Pinto, disse ser “uma enorme honra” para o concelho de Cinfães ter um filho da terra num lugar de tanto destaque na democracia portuguesa, justificando assim a atribuição da medalha, decidia por unanimidade na câmara e na assembleia municipal."
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“Como é possível um país como o nosso ter mais de metade dos dinheiros comunitários entregues a uma cidade?”, questionou Noronha Nascimento na homenagem que o município de Cinfães hoje lhe prestou.
Falando na sessão solene realizada nos paços do concelho, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça lembrou as suas origens familiares em Cinfães para criticar “as disparidades” de Portugal, cujo poder central, acentuou, “sempre se preocupou em criar uma grande capital à escala das grandes cidades europeias, deixando tudo para segundo plano”.
“Com um engodo assim hipotecámos o desenvolvimento equilibrado de um país tão bonito. Com tudo isto, cedo me tornei regionalista indefetível, muito antes sequer de disso se falar”, observou.
Noronha Nascimento lembrou que vive há muitos anos em Lisboa, mas admitiu que sempre preferiu viver no norte do país, “entre o Porto operário e burguês e a Cinfães duriense”.
“As deambulações por este triângulo da vida [Cinfães, Porto e Lisboa], mostraram-me para sempre a disparidade trágica de Portugal, entre regiões ricas e regiões pobres, entre um país macrocéfalo que ainda hoje tem 53 por cento dos fundos comunitários e o resto à deriva e que tem marcado o nosso atraso permanente”, afirmou.
Em declarações à agência Lusa, Noronha Nascimento considerou ainda que os desequilíbrios do país se têm acentuado nas últimas décadas.
“Os anos 90 foram uma catástrofe para o nosso país na distribuição da riqueza, a favor do Vale do Tejo”, acentuou, defendendo a regionalização.
Noronha Nascimento nasceu no Porto, mas as suas origens familiares são de Cinfães, localidade onde frequentou a escolar primária. Hoje foi agraciado por este município com a medalha dourada, o mais galardão do concelho.
O presidente da Câmara, Pereira Pinto, disse ser “uma enorme honra” para o concelho de Cinfães ter um filho da terra num lugar de tanto destaque na democracia portuguesa, justificando assim a atribuição da medalha, decidia por unanimidade na câmara e na assembleia municipal."
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COMENTÁRIO
Só deu por ela agora Sr. Noronha do Nascimento?
Vá lá que reconhece pelo menos que "Os anos 90 foram uma catástrofe para o nosso país na distribuição da riqueza, a favor do Vale do Tejo”, acentuou, defendendo a regionalização."
- E não veio mesmo nada já dos anos 80?
É dar uma vista de olhos também á edição do PÚBLICO de 10 de Dezembro de 2010, página 4 do P2 se expressa que Aníbal Cavaco Silva "Durante dez anos moldou as bases de Portugal de hoje".
Ou seja, a coisa começou aí por volta de 1985!
Eis porque não voto em Cavaco. (nunca votei aliás!)
António Alves Barros Lopes
Afife
Ou seja, a coisa começou aí por volta de 1985!
Eis porque não voto em Cavaco. (nunca votei aliás!)
António Alves Barros Lopes
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