Em 11 de Setembro de 2016 o nosso (deles) comentador disse na SIC e a propósito do levantamento do Sigilo Bancário proposto pelo Governo, que
"isto pode levantar um problema seríssimo de devassa da vida das pessoas" e que "pode até ser inconstitucional".
Além de uma mais meia dúzia de aleivosias que podem ser recordadas em
http://sicnoticias.sapo.pt/opinionMakers/luismarquesmendes/2016-09-11-Isto-pode-levantar-um-problema-serissimo-de-devassa-da-vida-das-pessoas
Acontece que em 2005 e na Assembleia da República o nosso (deles) mui ilustre deputado tinha defendido esse mesmo levantamento. Ver em
https://www.youtube.com/watch?v=C18ePxzLfvs&t=53s (Viagem ao Passado)
Onde se pode confrontar o que defendia em 2005 com o que disse em 2016
Já em 9 de Outubro, de novo no seu (dele) espaço sical e confrontado com essas posições pela apresentadora do programa, Clara de Sousa, o nosso Luis afirmou com toda a convicção que não havia nenhuma incoerência dado que sempre defendera que o Sigilo bancário apenas seria quebrado quando houvesse suspeitas de fugas ao fisco e sempre com essa condição. E aqui estaria o ponto: sempre que houvesse uma suspeita, sempre que houvesse uma desconfiança, sempre que houvesse um indicio. Ou seja, nunca de forma ilimitada, generalizada o que ao que parece das suas palavras estaria a ser considerado na proposta do actual governo, sem considerar as tais desconfianças.
Trata-se agora de uma esfarrapada aldrabice dado que nos dois diplomas, um de Novembro de 2005 de alteração à proposta de Orçamento de Estado para 2006 e um outro projeto de lei submetido em Janeiro de 2006 que o nosso iluminado Luis defendeu e aprovou então na Asembleia da República, nada consta acerca de suspeitas, indícios ou de desconfianças para que a Autoridade Tributária pudesse quebrar o sigilo bancário dos contribuintes. Bastava para tal considerar necessário para cumprir a sua função.
Está tudo explicado em http://geringonca.com/2016/10/11/coerencia-zero/
Rematou então o Mentes com um gesto teatral
“para mim a coerência é inestimável”
Efectivamente é necessário não ter estima alguma pela coerência para ter este comportamento.
Tone do Moleiro Novo
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